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Age estimation among Brazilians Younger or older than 18

Artigo original: Deitos, A. R., Costa, C., Michel-Crosato, E., Galić, I., Cameriere, R., & Biazevic, M. G. H. (2015). Age estimation among Brazilians: younger or older than 18?. Journal of forensic and legal medicine, 33, 111-115.

Age estimation among Brazilians: Younger or older than 18?

Resumo

A estimativa da idade de indivíduos vivos ou mortos pode ser usado em desastres em massa, por motivos civis ou criminais. Os dentes desempenham um papel importante neste contexto porque são mais resistentes em condições extremas e seu desenvolvimento dificilmente é afetado por fatores exógenos ou endógenos. Este estudo visa verificar o método de Cameriere et al. (2008) no Brasil para discriminar se um indivíduo é menor ou maior de 18 anos de o índice de maturidade do 3ºM (I3m). Foram estudadas 444 radiografias panorâmicas de indivíduos entre 15 a 22 anos de idade. Nos terceiros molares inferiores calculou-se a proporção entre a soma dos ápices abertos dividido pela altura (I3M). Os resultados mostram que a sensibilidade do teste foi de 77,4% e sua a especificidade foi de 86,2%, com intervalo de confiança de 95%. A proporção de indivíduos classificados corretamente foi de 87,4%. O método é adequado para estimar a idade adulta para fins judiciais no Brasil.

  1. Introduction

A antropologia forense pode referir-se a várias áreas relacionadas ao ser humano no que diz respeito às questões jurídicas. Em uma análise antropológica, um especialista geralmente usa parâmetros estatísticos, para testar a possível associação entre algumas características qualitativas e quantitativas a um grupo populacional específico. Isso é importante para a investigação de espécies, sexo, fenótipo, cor da pele, idade, altura e peso. A estimativa da idade de indivíduos vivos ou mortos é continuamente necessária para fins forenses, e as ciências odontológicas podem contribuir nessas situações. Muitos métodos de estimativa de idade têm sido relatados na literatura, e as características dentais, tais como dentina, cemento e polpa dentária podem contribuir com informações patológicas que podem estar associadas à idade.

Algumas técnicas requerem a extração dentária para realizar a análise.

Como essas técnicas não seriam aplicáveis ​​in vivo, outras técnicas foram desenvolvidas usando raios-X.

Em um desastre em massa, uma estimativa precisa da idade dentária é útil pois restringe a busca por possíveis vítimas. Entre pessoas vivas, especialmente crianças e adolescentes, a estimativa de idade é necessária para fins civis, como para processos de adoção, ou para razões criminais para verificar se o acusado atingiu legalmente maioridade; em outras circunstâncias, seria necessário realizar uma estimativa de idade quando os jovens desacompanhados pedem asilo (proteção).

Estimativa da idade dentária por meio da avaliação do terceiro molar (3ºM) é de particular importância porque são os últimos dentes a se desenvolver e eles podem oferecer informações a esse respeito. Além disso, em muitos países, incluindo o Brasil, esta idade (18) representa a maioridade legal.

Uma investigação realizada por Cameriere et al. verificou a plausibilidade da estimativa da idade dentária usando apenas terceiros molares entre os caucasianos. Até agora, nenhum dado usou a técnica na população brasileira. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a confiabilidade do método na população brasileira usando o índice de maturidade do terceiro molar. Além disso, como um secundário objetivo, é usado para ajudar a estabelecer parâmetros para discriminar se um indivíduo menor ou maior de 18 anos.

Este estudo visa verificar o método de Cameriere et al. (2008) no Brasil para discriminar se um indivíduo é menor ou maior de 18 anos de o índice de maturidade do 3ºM (I3m).

  1. Materials and methods

Uma seleção de 500 ortopantomografias (OPG) foi realizada nas cidades de São Paulo e Brasília, ambas no Brasil. Todas as radiografias foram realizadas exclusivamente com finalidade terapêutica em dois grandes centros radiográficos nestas cidades e foram cedidas à presente pesquisa em conformidade com a aprovação do comitê de ética em Pesquisa da FOUSP (CAAE: xxxxxxxxxxxxxxx CEP-CONEP-Brasil).

Após analisar os critérios de inclusão, 444 OPG foram selecionados (88,8% adequado), 205 de homens e 239 de mulheres, entre 14 e 22 anos (conforme Tabela 1). O cálculo do tamanho da amostra levou em conta uma correlação estimada de 0,40, poder de teste de 0,80 e significância de 0,05. As identidades dos pacientes foram preservadas, e o OPG foram codificados em números.

O fator de inclusão constituiu-se de radiografias com os terceiros molares inferiores do lado esquerdo visíveis.

A ancestralidade não foi uma das variáveis ​​estudadas devido à alta proporção de miscigenação da população brasileira.

Para discriminar se o indivíduo era menor ou maior de 18 anos, a técnica de Cameriere's et al. verifica o I3M para discriminar se um indivíduo é maior ou menos de 18 anos: se o LL3rdM apresentou desenvolvimento radicular completo (ápice da raiz fechado), I3m = 0; se o ápice da raiz não foi concluído, o I3m foi avaliado como sendo a soma das distâncias do interior lados dos ápices abertos (A þ B) divididos pelo comprimento do dente (C).

De acordo com o valor de corte da Cameriere, um indivíduo é considerado ter 18 anos de idade ou mais se I3m <0,08. Essas medidas foram balanceados por divisão (A þ B) / C, para considerar o possível distorções entre o OPG (Fig. 1).

A sensibilidade do teste (ou seja, a proporção de indivíduos mais velhos

maior ou igual a 18 anos de idade que tenham I3m <0,08) e seus especificidade (ou seja, a proporção de indivíduos com menos de 18 anos de idade que tem I3m _ 0,08) foram avaliados, bem como a probabilidade ter 18 anos ou mais (quando I3m <0,08).

As OPG foram avaliadas por dois investigadores devidamente calibrados usando o software Adobe® Photoshop® CS5. A fim de verificar a confiabilidade interobservador e intraobservador usando o Coeficiente Kappa, dois observadores fizeram medições de 30 OPG e um deles fez medidas repetidas de 10 OPG em um intervalo de 45 dias. Como foi encontrada uma distribuição normal, para comparar os resultados entre os sexos foi utilizado o teste de ShapiroeWilk (p <0,05).

A regressão linear foi usada, e todos os dados foram organizados e analisado com o software STATA® 11.0.

  1. Results

Das imagens dos participantes, 46,17% eram do sexo masculino e 53,83%

eram de mulheres. A Tabela 1 mostra o número de OPG utilizadas, de acordo com para idade e sexo. O teste Kappa mostrou uma concordância intra-observador de 0,825 (p ¼ 0,001) e interobservador de 0,873 (p ¼ 0,001) (dados não mostrados nas tabelas).

A Tabela 2 mostra em detalhes a idade cronológica média e a desvio padrão classificado de acordo com o índice de maturidade do terceiro molar.

A Tabela2 mostra a relação entre o I3M e as idades dos participantes separados conforme o sexo.

A Tabela 3 mostra os dados de contingência, onde entre os sujeitos que

tinham 18 anos, 96 (86,5%) do sexo feminino e 99 (87,6%) do sexo masculino foram classificados corretamente (I3M <0,08). Entre esses indivíduos menores de 18 anos, 86 (67,2%) e 80 (86,96%) eram classificado corretamente (I3M _ 0,08) entre mulheres e homens, respectivamente. A mineralização dos terceiros molares inferiores do lado esquerdo ocorreu primeiramente nos indivíduos do sexo masculino com exceção quando o I3M variou entre 0 a 0,04 (Fig. 2).

Os resultados mostram que a sensibilidade do teste foi de 77,4% e sua a especificidade foi de 86,2%, com intervalo de confiança de 95%. A proporção de indivíduos classificados corretamente foi de 87,4% (dados não mostrados em as mesas).

  1. Discussão

Estimar se um indivíduo é maior de idade ou não é um desafio de grande responsabilidade já que essa conclusão pode ser a diferença entre liberdade ou a detenção.

O terceiro molar se mostra bastante útil para se estimar se um indivíduo é maior ou menor de 18 anos visto que seu desenvolvimento se dá entre os 15,7 a 23,3 anos e, portanto, é o único elemento em formação na idade adulta. Além disso, os dentes sofrem menos interferência de fatores ambientais, nutricionais, hormonais, climáticos sendo mais fieis quando comparados ao tecido ósseo.

Muitos estudos foram desenvolvidos ao longo dos anos com esse mesmo objetivo em diferentes lugares do mundo e diferentes técnicas.

Em 2008, Cameriere et. al. desenvolveu uma metodologia para estimar se uma pessoa é maior de 18 anos em uma população caucasiana com amostra entre 14 e 23 anos de idade. Estabeleceu que o I3M < 0,08 define um indivíduo maior de 18 anos. Neste estudo, uma sensibilidade de 70% foi obtida e especificidade de 95%.

Em 2013, um estudo realizado com 840 radiografias panorâmicas de uma população chinesa, utilizando o método acima, obteve uma maior acurácia com i3M=0,10 e não 0,08.

Na avaliação da população polonesa, o I3M se mostrou melhor para a classificação do sexo masculino do que do feminino

Em 2019 em uma amostra de 288 radiografias panorâmicas de uma população japonesa foi utilizado o método de Cameriere com 87% de acero para o sexo feminino e 91% para o sexo masculino. Ambos para I3M = 0,08

Este estudo mostro sensibilidade de 77,4% e especificidade de 86,2%. Especificidade inferior àquela encontrada por Cameriere no estudo original em 2008.

Outro fator importante de se considerar é que o valor de i3M de 0,08 parece não ser o melhor índice para toda a população mundial.

As diferenças de sexo devem ser consideradas porque o 3rdM apresenta

um dimorfismo sexual reverso e estágios de mineralização mais prematuros entre os machos em comparação com outros processos de maturação. No entanto, outros autores não encontraram diferenças no dimorfismo sexual. Em nossa investigação, a amostra masculina atingiu estágios de mineralização mais cedo do que a amostra feminina.

Para discriminar se um indivíduo é mais jovem ou mais velho que 18 anos de idade, valor preditivo positivo, sensibilidade e especificidade deve ser interpretado em associação.

Portanto, a probabilidade de um brasileiro ser considerado maior de 18 anos quando I3m <0,08 é 87,4%.

As diferenças nos resultados podem ser devidas à ancestralidade porque os dois estudos anteriores tinham amostras de caucasianos. No Brasil, 43,1% da população é declarada mista. Os resultados podem também ser influenciada pelas características da distribuição amostral por idade entre os estudos, porque os testes geralmente são mais eficaz na discriminação entre as duas categorias de idade no início estágios de raiz e estágios apicais.

Um método de avaliação deve ser preciso e não destrutivo e deve permitir reprodutibilidade e prática.

Para fins forenses, é importante que o teste mostre positividade em uma baixa proporção de indivíduos menores de 18 anos, que é mais provável de ter um falso positivo em vez de um falso negativo. Esta opinião é compartilhada por outros autores porque erros tecnicamente inaceitáveis ​​e falsos negativos levam a uma tratamento criminoso benéfico; erros tecnicamente antiéticos e falsos positivos conduzem à violação dos direitos do menor.

Uma limitação do estudo pode ser a incapacidade de usar a técnica na ausência de LL3rdM devido a iatrogenia, biológica ou mesmo por ato deliberado. Além disso, a técnica não é capaz de detectar etnias e diferenças geográficas entre as amostras brasileiras. Principalmente porque no Brasil a miscigenação da população traz imensas dificuldades em considerar genética e raça.

Apesar do método de Cameriere et al. ser adequado para estimar a idade adulta entre os brasileiros, deve ser usado com cuidado. Para melhorar sua precisão, é recomendado o uso de uma combinação de vários métodos disponíveis, conforme recomendado pelo AGFAD e FASE. A fim de expandir o uso desta técnica, sugere-se testar sua acurácia em radiografias periapicais, amplamente utilizadas na área odontológica clínicas. Ainda assim, a realização de estudos em várias populações diferentes pode adicionar novas informações sobre a contribuição da ancestralidade em desenvolvimento dentário.

DMU Timestamp: September 03, 2020 08:33





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